Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Porto de Amato

Porto de abrigo, porto de inquietação, porto de resistência.

Porto de Amato

Porto de abrigo, porto de inquietação, porto de resistência.

Pontos-chave da poupança

 

 

Acabo de assistir a um debate sobre a poupança em Portugal que se viu reduzida a uma percentagem residual no último ano. Durante o debate nem sequer se afloraram os dois pontos-chave na matéria e que para mim resultam evidentes. São eles os seguintes.

 

  1. Rácio rendimento disponível e custo de vida.

 

Falar em rendimento por si só é profundamente estéril. Um cidadão pode, em tese, ter um salário líquido de cem euros e poupar setenta, por exemplo, se com os outros trinta conseguir pagar todas as suas necessidades básicas. O problema de Portugal está nos salários praticados, sem dúvida, mas não apenas, também está no custo de vida. Ao contrário do salário médio que se reduz ano após ano e se aproxima do salário mínimo, o custo de vida em Portugal alcança a cada ano que passa a média europeia, a média dos países mais ricos, com salários médios que se multiplicam muitas vezes quando comparados com o nosso. O problema de Portugal é a pergunta: com um salário líquido de quinhentos euros mensais quanto se consegue colocar de lado ao fim do mês?

 

https://thefamilychapters.files.wordpress.com/2010/05/skinny-piggy-bank.jpeg

 

  1. Banca.

 

Quem tem um pouco de dinheiro e que eventualmente poderia ser seduzido a poupá-lo não o faz. Não o faz porque não é burro. É tão simples quanto isso. A banca nacional, a principal e mais apta instância a promover a poupança, oferece juros que são mais do que uma vergonha para quem nos governa e deveria estar atento a estas coisas. Os juros praticados são um insulto. Vale mais pegar no dinheiro e gastá-lo. E convém dizer que a responsabilidade do Estado, neste particular, não é apenas indireta. Também o estado deveria incentivar a poupança dos seus cidadãos e desse modo obter financiamento mais vantajoso. Pelo contrário, o Estado tem vindo a desvalorizar os seus instrumentos de poupança, nomeadamente os certificados de aforro. Veja-se a diminuição abrupta do número de aforradores descontentes com os juros miseráveis sobre o seu dinheiro.

 

Falar em poupança é inexoravelmente falar do exposto.

publicado às 18:51

Mais sobre mim

imagem de perfil

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub