Desmentindo os reacionários
Hoje o facebook surpreendeu-me com esta entrada:
A esquerda que luta contra Maduro invariavelmente está apoiando a agressão imperialista na Venezuela. Essa dicotomia é real (principalmente no agir politicamente).
O lema da esquerda nesse momento deveria ser: Lute contra o imperialismo na Venezuela, depois nos entendemos com Maduro.
— da página de facebook Meu Professor de História
O meu problema com o Bloco de Esquerda, e que se estende a muitas outras pessoas que se dizem de esquerda, é exatamente este tão bem plasmado neste par de orações. Como podem ignorar o violento ataque de que a Venezuela está a ser alvo por parte dos Estados Unidos? Como podem apoiar, nem que por omissão, o que está a ser feito a um governo democraticamente eleito? Mais: como podem crer tão cegamente na comunicação social burguesa — a mesma que nos repetiu que o Iraque tinha armas de destruição maciça? Não entendo e nunca hei de perceber. Para mim só há duas hipóteses, ou são ignorantes, profundamente ignorantes, ou não são de esquerda. Podem ser muitas coisas, mas de esquerda não devem ser seguramente. Serão, sim, ativos serventuários da direita.
Já sei o que alguns de vós estão a pensar agora, mas estão enganados. Eu não apoio nem me identifico com Maduro. Só que o Maduro vem depois, depois de todo este conflito, e os fins não justificam os meios. Repudio essa lógica muito estadunidense que só tem trazido discórdia, conflito, guerras e desastre a este mundo. A Maduro a esquerda, a verdadeira, exigirá democraticamente responsabilidades. A esquerda, a verdadeira, nunca apoiará golpes de estado, insurreição violenta e armada para se voltar a colocar nas esferas do poder as petrolíferas americanas e outros interesses capitalistas. Quem suporta este tipo de ação, repito, não pode ser considerado de esquerda.
Esta página de facebook, por sua vez, conduziu-me a um blog precioso que aconselho vivamente: Desmentindo os reacionários.
É imperativo fazê-lo. Há tantos reacionários no mundo, tanta gente — até na esquerda — que, se pudesse, punha o mundo de volta à Idade Média, com o possível acrescento dos gadgets que, aliás, concorrem mais para o amordaçar das nossas vidas do que para vivermos mais plenamente a liberdade...