Só há um partido que defende os trabalhadores
Se há uma coisa que fica cabalmente demonstrada com esta greve da Autoeuropa, é que apenas existe um partido na sociedade portuguesa que defende intransigentemente os direitos dos trabalhadores e que se posiciona sempre do lado destes. Esse partido é o Partido Comunista Português.
Não há qualquer novidade no conteúdo das declarações dos dirigentes da direita, PS incluído. Estes, colocam os lucros da multinacional Volkswagen à frente de toda e qualquer norma laboral, de todo e qualquer direito dos trabalhadores e de todo e qualquer conceito mínimo que diga respeito à sua saúde e bem-estar. Inclusivamente, hoje acordei a ouvir Assunção Cristas, histérica, a pedir ao governo que não mexa na lei laboral. Este é o maior medo da direita: que não se dê nem mais um cêntimo para o proletariado! Por oposição, este deveria ser o mais forte e inabalável desígnio da esquerda: implodir este código de trabalho neoliberal e refazer um código de trabalho de matriz socialista.
Reforço o que tenho escrito ao longo destes dias: o papel a que se presta a comunicação social portuguesa tem sido verdadeiramente ordinário. Há não tantos anos quanto isso, estariam, estes mesmos, a defender a escravatura para benefício da viabilidade das fábricas e dos latifúndios agrícolas. É uma vergonha que esta sociedade imponha este pensamento único e esta máxima de os fins justificarem os meios. É o auge da desumanização das sociedades.
Onde há novidade neste processo é na atitude do Bloco de Esquerda enchendo a boca com a importância da Autoeuropa para o país, cavalgando a onda do anticomunismo e procurando fazer desta luta séria dos trabalhadores que defendem o seu direito ao descanso numa luta partidária.
Termino como comecei: só há um partido que defende os trabalhadores. O resto é conversa fiada. Mais: isto que escrevo é absolutamente transparente para quem quer ver.