Os anjos da morte
Às vezes a diferença entre um “homem bom” e um “homem mau” não é nenhuma. Por vezes, a distância entre um louco e um visionário existe apenas na imaginação dos homens. Não é mais que uma ilusão.
Hitler, o responsável pelo holocausto dos judeus, é hoje pintado como um louco, quando durante a maior parte da sua vida política foi erguido em braços e aclamado como um visionário. É fácil pintar as coisas a preto e branco, gritar “louco” ou berrar “visionário”, para que no fim não se perceba nada nem se aprenda nada com a história. Hoje, os judeus de Israel que lavram qui ça a mais prolongada limpeza étnica, o mais sangrento e continuado genocídio, sobre o povo palestiniano, de que subsiste memória, não são qualificados de igual modo que os seus predecessores. Pelo contrário, quando morrem, são sepultados como se de verdadeiros anjos se tratassem. Isto da propaganda é algo de extraordinário!
Assim é o caso de Shimon Peres. O unanimismo em torno do personagem chega a ser confrangedor. Fica aqui um artigo muito bem documentado com as notas biográficas mais relevantes sobre Shimon Peres. Vem n' ODiario.info, uma das melhores fontes de informação lógica, coerente e humanista que está na rede. Vale a pena ler para aprender alguma coisa sobre os “anjos da morte” de Israel.