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Porto de Amato

Porto de abrigo, porto de inquietação, porto de resistência.

Porto de Amato

Porto de abrigo, porto de inquietação, porto de resistência.

O desmascarar do íntimo ser

O povo falou do alto da sua infinita sapiência. O que disse está dito e será gravado em pedra. A democracia é o mais perfeito sistema jamais equacionado para a organização política dos povos. Agora, depois de contados os votos, não há mais lugar para argumentos ou debates. O seu lugar foi o de anteontem. O seu tempo já passou e só voltará quando as próximas eleições assim o exigirem.

 

Tão pouco vale a pena tentar compreender os motivos subjacentes a tal resultado final. Já o tentei, mas reconheço a futilidade de tal experiência.

 

O desfasamento entre as perceções que se tem da realidade é tremendo. É horrível. Volvidas mais umas eleições tão importantes, tão determinantes, para o futuro do país, apetece perguntar onde estão todos os que perderam os seus empregos, todos os que viram os seus salários cortados, todos os da geração dos call center, os dos quinhentos euros, mais todos os que viram os seus filhos e netos partir para a emigração? Onde estão?! Existem?!

 

Não sei. Fico sem saber. Não há nada de inteligível nisto. Ou então há que reconhecer que o escravo ama o seu senhor por mais chibatadas que apanhe no lombo. Não sei, repito, mas será qualquer coisa deste género. A face do ser humano torna-se clara, assim como a sua mais íntima natureza subserviente. Sem qualquer tipo de ironia, gritem-se vivas por tal façanha.

 

Viva a democracia! Viva a liberdade!

publicado às 16:18

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