Da mais fina hipocrisia
Os mesmos que se indignam com o “mundial da vergonha” do Catar são os mesmos que defendem os “negócios” ocidentais com a Arábia Saudita, principal aliada naquela zona do globo dos interesses americanos e europeus. E são os mesmos cujo clube de futebol preferido exibe patrocínio dos Emirados Árabes Unidos. Trata-se, claro, de países muito diferentes no que aos direitos humanos, das mulheres e outros diz respeito. Trata-se, sim, da mais fina hipocrisia, reflexo perfeito de uma sociedade de fogos de palha, que vive do drama fugaz e da tragédia célere e efémera, mas que, em boa verdade, nada quer que realmente mude. O que quer é que os dias continuem a correr como sempre.