Como coelhos
Quão revolucionário foi o Papa ao dizer o óbvio? Que para amar a Deus, para quem nele crê, não é necessário imitar os coelhos? Falou até em “paternidade responsável”! Quão revolucionário é pronunciar estas palavras, por mais óbvias que se revelem a um qualquer cidadão educado e responsável?
O nível de revolução pesado em cada sílaba de cada palavra tem que ser entendido como diretamente proporcional à medida do retrocesso corrente da teoria e da prática da igreja. Não há outra forma de entender a coisa. Aí estão as vozes que contra ele vociferam e escrevem, até.
O extremismo, o seu princípio e génese, está aqui. Não é necessário procurar mais. E quando um católico aponta o dedo a uma outra religião devia lembrar-se que tem três dedos a apontar à retaguarda na direção do seu próprio umbigo.