Os ratos
Não me incomoda nada debater com quem tem diferentes visões do mundo que eu. É um pouco desgastante debater com quem tem pouca bagagem cultural, todavia, mas é aceitável, bem entendido, que outras pessoas tenham valorizações diferentes dos acontecimentos passados. O que me repugna mesmo são os ratos. Sabem? Aqueles que adaptam narrativas, que suprimem factos, que misturam padrões lógicos, comportamentais e éticos objetivos em debate com avaliações subjetivas e emotivas com vista à defesa dos seus patronos. Desconfio que estes ratos, estes que vão preenchendo as janelas mediáticas continuamente, seriam capazes de defender e empurrar o nosso país para a tragédia, para o colapso, para a destruição total se isso assim conviesse aos seus senhores. E, se isso ocorresse, imagino-os a aparecerem por debaixo dos escombros a ensaiar justificações e culpabilizações alheias, erguendo inimigos ilusórios. Sobrevivem sempre. E, em última alternativa, mudam de lado como quem muda de roupa.