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Porto de Amato

Porto de abrigo, porto de inquietação, porto de resistência.

Porto de Amato

Porto de abrigo, porto de inquietação, porto de resistência.

Siga para bingo!

De crise em crise, até à próxima.

Passou o dia, passou a romaria.

Resiliência para aguentar a tempestade: a distinta marca deste governo.

Sem se mexer sequer o dedo mindinho do pé esquerdo, amanhã já haverá médicos nas urgências depois das suas férias.

Siga para bingo!

publicado às 09:30

Esquerda, onde estás?

Esquerda?

Esquerda?!

Onde estás? Por onde andas?

Não te tenho visto... não te vejo... não te oiço!

Não oiço a tua voz!

Procurei-te nos jornais, nas televisões e... nada. Mas não fiquei preocupado com isso. É normal.

Procuro por ti nas ruas, nas cidades, chamo por ti nos locais de trabalho, no meio do povo proletário e... nada.

Por onde andas tu?

Volta depressa! O país precisa de ti!...

(mesmo que disso não tenha consciência)

publicado às 10:37

Esta maioria absoluta do PS ainda vai ficar na história deste país...

Este estado falha miseravelmente em tantos domínios diferentes que torna-se penoso assistir ao desenrolar da governação deste país. Incapaz de antecipar os problemas, agravando todas as condições materiais do país para poder fazer frente aos mesmos, prometendo milhares de medidas depois dos problemas se darem e se instalarem, para, finalmente, deixando a coisa cair de podre do ramo da árvore, não fazer rigorosamente nada, não mudar rigorosamente nada de substantivo, não gastar um cêntimo que seja e ainda conseguir poupar com a crise. Este é o plano que já revolta as entranhas de tantas vezes o vermos repetido crise após crise, surpresa após surpresa, histeria após histeria.

Agora são as urgências e as consultas de pediatria fechadas, desativadas pelo facto de andarem, em normalidade, a funcionar nos mínimos e não conseguirem enquadrar uma ou duas ausências de férias. Lembremo-nos que a história que nos foi contada era que os mega-hospitais, a concentração de meios eram a resposta para termos uma melhor saúde.

Também acontece algo do mesmo género com os aeroportos, incapazes de acolher os viajantes que ali chegam por não terem pessoal para trabalhar. Lembremo-nos que a privatização dos serviços, a subcontratação e a terceirização dos mesmos foram-nos vendidas como as soluções para termos os melhores serviços aos melhores preços.

Antes, andámos um ano inteiro com carência de professores de norte a sul do país. Lembremo-nos das capas de jornais e dos opinadores que diziam que os professores e as escolas eram demasiado onerosas para o orçamento do país, para além de que os primeiros eram um conjunto de mandriões que apenas trabalhavam vinte e duas horas por semana.

Isto não pode ser entendido como um acaso, são muitos, demasiados, sintomas concordantes numa doença comum: os sucessivos governos, e este em particular, estão a arruinar o estado, estão a destruir os serviços, a dá-los de barato aos privados. São décadas e décadas acumuladas de desinvestimento brutal, de transformação de pessoas essenciais em tarefeiros ao dia, de gestão empresarial que é o mesmo que gestão danosa sem cuidado, sem limpeza, sem ética. Há um plano bem concertado entre muitos dos poderes de facto deste país para acabar com o estado, e suas instituições populares, saído do 25 de abril. E esse plano está a dar os frutos que temos visto e que já víamos antes da pandemia.

A este respeito as reações dos vários meios de informação são bastante elucidativas: não atacam o problema, não apontam as questões fundamentais, têm feito um grande alarido sempre com o sentido de “mais privado” e de “menos estado”, quando o “mais privado” tem sido uma das razões, um dos meios, para estarmos na situação em que estamos. Esta maioria absoluta do PS ainda vai ficar na história deste país. Ela tem o respaldo para conseguir levar a cabo as vontades dos poderes que realmente governam o país e que as massas populares, bem entretidas que andam, vão suportando: um estado cada vez mais incapaz de fazer cumprir uma qualquer noção de igualdade, de solidariedade e de cidadania, governando um país partido entre os muito ricos e os muito pobres. E enquanto os muito ricos ainda mais enriquecem, os muito pobres vão apontando dedos uns aos outros.

publicado às 14:58

A quem é que o estado serve?

A inflação tem, seguramente, diversos efeitos nefastos numa economia, efeitos que conduzem à disrupção de padrões de consumo e de circulação do capital, tornando a economia mais receosa e conservadora e acelerando a sua perigosa tendência natural em capitalismo: a acumulação de riqueza.

Para o estado português, todavia, a inflação traz consigo um potencial inesperado, que o mesmo espreme até que as massas se comecem a contorcer e a retorcer de insuportáveis dores. O país com uma das mais elevadas cargas fiscais da Europa aguenta até ao último segundo para baixar umas décimas de impostos, aproveitando, nos “entretantos”, todo esse imoral excesso de tributação. Depois, o estado ainda se vangloria, na cara do povo proletário, como se lhe estivesse a fazer um grande favor! Prática consolidada, em décadas, com os combustíveis, estende-se agora à generalidade dos produtos, em média, 8% mais caros. Se queremos estabilidade, temo-la no IVA que “resiste”, sólido, determinado, nos 23%.

O povo devia saber onde está a ser aplicado este excesso brutal e, reforço, imoral de tributação. Se assim fosse, algumas coisas tornar-se-iam mais claras. Por exemplo, para que é que o estado serve e a quem é que o estado serve. Não tenhamos ilusões, todavia. Com a segurança social passa-se a mesmíssima coisa. Dada a mortalidade extraordinária que, infelizmente, tem afetado sobretudo reformados e pensionistas, uma pergunta fundamental emerge: a segurança social está rica? E, se não está, para onde está a ir o dinheiro? É que nem a idade da reforma baixa de forma significativa! Voltamos ao princípio: se isto nos fosse explicado, perceberíamos claramente para que é que o estado serve e a quem é que o estado serve. E, então, as coisas poderiam diferentes.

publicado às 11:18

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