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Porto de Amato

Porto de abrigo, porto de inquietação, porto de resistência.

Porto de Amato

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As mentiras repetidas

Para uma mentira se tornar verdade basta que se repita muitas vezes. Esta é uma daquelas leis da natureza humana que devemos guardar.

 

Ainda a propósito da morte de Fidel Casto, tenho tido conhecimento de algo de natureza absolutamente insólita, para mim que vivi algum tempo em Cuba. Ao que parece, Cuba persegue as minorias, em geral, e os homossexuais, em particular. Parece que o país da alegria, da música e da dança, que faz da salsa um património da humanidade, celebrada todas as noites nas ruas das vilas, no calçadão de Havana, um país repleto de bares gay e com algum turismo vocacionado para o efeito, parece que, afinal, persegue os homossexuais.

 

Faz sentido?

 

Para mim, não faz sentido nenhum. Mas o sentido que faz ou que não faz não interessa aqui para nada. O que interessa é repetir a mentira até à exaustão e ela repete-se, com efeito, passando de boca em boca, pelos lábios vis de cada um dos papagaios do capitalismo com assento permanente — e não eleito, refira-se —, em cada um dos jornais escritos ou falados.

 

Outro dos disparates propalados é o dos “genocídios”, mas esse é já um fadinho a que regimes comunistas, ou simplesmente aparentados, estão condenados a ter que ouvir. De onde vêm os números, não se sabe muito bem. Se faz sentido que Fidel Castro tenha executado um número de pessoas muitas vezes superior à população cubana, também não. Nenhum sentido, aliás. Mas também aqui, a questão não é a conversa ser factual ou ter algum sentido. Também aqui, a questão é passar uma determinada mensagem de demonização da revolução cubana.

 

A questão é repetir a mentira, vezes e vezes sem conta, a toda a hora, a toda o momento, pelo maior número de vozes, para que até os relativamente ajuizados ou, simplesmente, céticos, passem a devotamente acreditar.

publicado às 17:41

Sobre o episódio do Bloco sentado

Por vezes, parece ser necessário encontrar alguém de direita para reconhecer o óbvio:

 

“Esta é a diferença: o PCP não bate palmas mas demonstra respeito pelo interesse nacional e sentido de Estado. O BE é apenas mal educado.”

 

A frase é do improvável, pela sagacidade, Duarte Marques, deputado do PSD.

 

http://images-cdn.impresa.pt/sicnot/2016-11-30-BE-sentado-PCP.BMP/original/mw-860

 

O Bloco de Esquerda está no seu direito em não concordar com o regime monárquico e seus princípios como, aliás, nenhum republicano concordará. Já não está no seu direito em desrespeitar o representante máximo de um povo que, não havendo indicação em contrário, mantém intacto o seu direito à autodeterminação. O povo espanhol decide o que melhor lhe convém em termos de organização e de representatividade política e nós, podendo não concordar com as suas escolhas diretas ou indiretas não temos o direito de desrespeitar essas suas escolhas.

 

E para que fique bem claro, eu não concordo e rejeito qualquer monarquia e qualquer rei. Considero a monarquia um sistema político abjeto. Considero impensável que um ser humano livre se submeta a um tal regime, a uma tal sociedade de castas. Mas quem disse que os seres humanos querem ser livres? Os seres humanos querem é ler revistas cor-de-rosa... Cabe-nos respeitar.

publicado às 09:06

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