O novo presidente da Goldman Sachs
A pergunta é: até onde Durão Barroso poderá ainda chegar?
À expressão “o céu é o limite” substituiria apenas o substantivo céu por inferno. Ele lá chegará, estou seguro, e tomará nas suas mãos o proverbial tridente, símbolo da liderança do submundo.
Longe vão os tempos do vídeo que se segue, onde Durão falava em “ensino burguês” e defendia o “movimento operário” e os “trabalhadores”. Aquele Durão — não se enganem! — não era diferente do Durão de hoje. Estava simplesmente na fase inicial do seu caminho, da sua escalada.
Bem entendido, já naquela altura, Durão, estando na extrema esquerda política, constituía-se como um entrave, um embaraço, aos movimentos progressistas, quando “mandava” pilhar o mobiliário da Faculdade de Direito, entre outras ações de caris social-terrorista, ao mesmo tempo que dividia politicamente as forças à esquerda visando o enfraquecimento da esquerda, em geral, e do Partido Comunista, em particular. Já naquele tempo, ainda sem um pelo de barba na face, Durão servia os interesses da direita que agora abertamente serve.
É por isso que é preciso assentar a mudança política, hoje e sempre, não numa individualidade forte e carismática, bem-falante, mas num coletivo que partilhe causas e ideias comuns. Apenas o coletivo constitui-se como o mais eficaz antídoto contra degenerações e desilusões. Infelizmente, uma vida inteira parece não ser suficiente para a aprendizagem desta lição pela maioria das pessoas que persistem numa sebastiânica busca por uma liderança forte que, no fundo, por elas decida, por elas faça e, enfim, por elas pense.