Porto de abrigo
O meu blog é o meu porto de abrigo. Os textos que nele escrevo são o mais franco reflexo daquilo que penso, da forma como observo o mundo que me rodeia, das ideias que me inundam a mente, dos ideais que me governam a vida e, no fim de contas, da crença que tenho na humanidade e dos caminhos a percorrer. A ele retorno sempre, à sua segurança, ao seu colo que é o meu permanente espaço de liberdade.
Tenho consciência plena, já a tenho desde há muitos anos, que as minhas ideias não convergem com as ideias da maioria das pessoas, que o meu entendimento sobre os acontecimentos é dissonante com a harmonia geral. Não foi para recolher a aceitação da comunidade que comecei a escrever este blog. Terá sido, antes, para constituir uma pedrada no charco de opinião e um escape saudável para esta minha necessidade de escrever. É por isso que não me surpreende que o meu blog tenha poucos seguidores ou que os posts que escrevo não apelem a muitas pessoas. O meu objetivo era poder atingir nem que fosse uma pessoa apenas, uma pessoa perdida neste mundo de pensamento único da notícia e da propaganda, e fazer com que essa pessoa pudesse soltar, nem que por um singelo momento, um suspiro de alívio por existir alguém que, como ele, pensa qualquer coisa diferente, que não aceita os condicionalismos e os preconceitos que nos impõem ao pensar, que não aceita as regras deste jogo viciado.
Em vista do que escrevi, é uma sensação muito boa chegar a casa e receber o reconhecimento por parte de um blogger que, no seu espaço, dedicou tão bondosas palavras ao meu porto de abrigo. Obrigado, Francisco Freima. Agradeço e retribuo: o Zibaldone, para mim, é incontornável no SapoBlogs, quer pela sua qualidade estética, quer pela riqueza do seu conteúdo.