Divide et impera
No seguimento do meu último post, é preciso sublinhar que a estratégia aplicada pelo poder para assegurar a sua manutenção nas próximas eleições presidenciais não tem nada de novo.
Chama-se “dividir para reinar”, do latim divide et impera, e tem sido aplicado ao longo dos séculos por diversos dos mais famosos líderes mundiais, como César ou Napoleão. Não é tão pouco necessário reler por entre os volumes d' A Arte da Guerra. Também não é necessário recordar de que forma o império romano, ao fim de muitos anos, conseguiu derrotar os Lusitanos de Viriato.
A única diferença que se realça é que, nos dias correntes, esta estratégia não é utilizada em cenário de guerra declarada mas, antes, numa guerra mediática e comunicacional.
Não obstante, os mesmos princípios são válidos: dividir as forças adversárias, fazer com que se digladiem e se enfraqueçam, para, então, recolher facilmente os despojos da vitória, numa marcha triunfal.
Nos nossos dias, divide et impera poderia ser traduzido como “na impossibilidade de bipolarizar, divide-se a oposição”.