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Porto de Amato

Porto de abrigo, porto de inquietação, porto de resistência.

Porto de Amato

Porto de abrigo, porto de inquietação, porto de resistência.

Paralelo confrangedor

Em outubro de dois mil e treze o Tribunal de Atenas condenou a vinte anos de prisão o ex-ministro Akis Tsochatzopoulos por branqueamento de capitais em negócios relacionados com a compra de armamento à Alemanha.

 

O paralelo com o caso português é confrangedor.

publicado às 20:08

Os grilhões da ilusão

 

Não queria escrever mais sobre a greve dos pilotos. É uma prerrogativa que apenas a eles pertence. Trata-se de um direito que lhes é constitucionalmente atribuído, assim como a todos os restantes trabalhadores do país com a exceção das forças de segurança. Vejo-me forçado, contudo, a referir-me ao assunto: o tratamento jornalístico a que o mesmo tem sido votado é muito triste mas esclarecedor.

 

É triste, porque o direito à greve é posto em causa de uma maneira mais ou menos declarada. É triste, porque os comentadores escolhidos para discutir o caso são tão monofónicos como o canto gregoriano do século décimo terceiro. É triste porque se percebe que a comunicação social não tem por objetivo informar, dando a conhecer com imparcialidade as diferentes posições em debate, mas antes formar opinião, a justa opinião que os seus donos pretendem veicular. E é exatamente por isto que considero esclarecedores estes últimos dias de “jornalismo”. O espírito de Gutenberg está morto e enterrado.

 

Nunca, como hoje, a democracia se assemelhou tanto a uma ditadura formal. Nunca, como hoje, o Portugal democrático respirou este espírito podre e omnipresente de pensamento único, envernizado de um falso contraditório. Nunca, como hoje, se viu neste país pós-abril este fomento de ignorância e de inveja, de vulgaridade, de limitação e de mediocridade intelectual. Nunca, como hoje, a liberdade se tornou nestes grilhões, nesta gaiola, nesta ilusão de tudo, que na verdade não é nada.

publicado às 21:16

Sobre a greve dos pilotos

O que faz com que os pilotos da TAP sejam temidos não é nenhum poder particular que eles tenham em mãos, não é nenhum poder que seja só deles e de mais nenhuma outra classe de trabalhadores. O que faz com que os pilotos da TAP sejam temidos é o facto insofismável da sua união, assim como os dedos de uma mão. Mais nada. Quaisquer trabalhadores de qualquer ofício e de qualquer empresa partilham precisamente do mesmo poder. Têm-no na palma das mãos. Simplesmente não o exercem, em geral.

 

Quando se fala na TAP até parece ser a empresa que mais lucros gera por dia. Não é. E qualquer uma para, qualquer empresa para, se os seus trabalhadores assim quiserem.

publicado às 16:43

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